25 DE ABRIL IGNORADO PELA AUTARQUIA

Numa atitude que não tem paralelo na história recente, a Câmara e a Assembleia Municipais de Idanha-a-Nova não promoveram qualquer cerimónia ou iniciativa pública alusiva à comemoração da data de instauração da Liberdade – o 25 de Abril. Ao contrário do que vinha sucedendo ao longo dos últimos anos, a habitual sessão solene da Assembleia Municipal não foi convocada.Quando por todo o país, em municípios das mais variadas composições político-partidárias, proliferam e mantêm-se vivas e participadas as comemorações desta data marcante da história portuguesa, é preocupante que um município gerido por eleitos do Partido Socialista ignore tais comemorações e extinga as iniciativas que a população já associava è evocação do 25 de Abril. Num período em que alguns pretendem deturpar a história e branquear a violência e os crimes do fascismo e das figuras sinistras que o serviram, é com indignação que assistimos à passividade da autarquia como que esquecendo ou querendo fazer esquecer que, há 33 anos atrás, um movimento militar deu corpo às ânsias e lutas de décadas do povo português pela liberdade e pelo desenvolvimento social.

Numa atitude que não tem paralelo na história recente, a Câmara e a Assembleia Municipais de Idanha-a-Nova não promoveram qualquer cerimónia ou iniciativa pública alusiva à comemoração da data de instauração da Liberdade – o 25 de Abril. Ao contrário do que vinha sucedendo ao longo dos últimos anos, a habitual sessão solene da Assembleia Municipal não foi convocada.Quando por todo o país, em municípios das mais variadas composições político-partidárias, proliferam e mantêm-se vivas e participadas as comemorações desta data marcante da história portuguesa, é preocupante que um município gerido por eleitos do Partido Socialista ignore tais comemorações e extinga as iniciativas que a população já associava è evocação do 25 de Abril. Num período em que alguns pretendem deturpar a história e branquear a violência e os crimes do fascismo e das figuras sinistras que o serviram, é com indignação que assistimos à passividade da autarquia como que esquecendo ou querendo fazer esquecer que, há 33 anos atrás, um movimento militar deu corpo às ânsias e lutas de décadas do povo português pela liberdade e pelo desenvolvimento social.

Não podemos ignorar que a vontade de passar uma esponja pelo calendário de Abril encontra nalguns responsáveis políticos um dinamismo que só tem comparação com o seu papel na destruição das conquistas alcançadas pelo povo português com a instauração da liberdade e com a sua determinação em construir um futuro mais justo e digno. As políticas de direita, implementadas pelos partidos assumidamente dessa área ou pelo Partido Socialista, quantas vezes mais intensas, descaradas e destruidoras que as do PSD e CDS (com quem se alia, formal ou tacitamente), ainda que criem alguma desilusão perante os anseios e as expectativas que o povo colocava no Portugal de Abril, vieram reforçar o empenho e a mobilização das populações na defesa dos ideais da liberdade e do progresso social, posição confirmada pelas manifestações e lutas locais e nacionais de que as comemorações do 25 de Abril e do 1º de Maio são prova concludente.

O concelho de Idanha-a-Nova, pelas suas especificidades, viveu de forma bem vincada a opressão, a dominação e a pobreza criadas pelo regime fascista, com o fomento do isolamento, do analfabetismo e da opressão que servia os interesses dos detentores do poder económico-político nas suas diversas componentes, incluindo a da subserviência e feudalismo rural. Por estas razões, o 25 de Abril não é ignorado pelas nossas populações nem se admite que os responsáveis políticos deste concelho o queiram fazer esquecer.

Nos dias que correm, em que as condições de vida de quem reside no interior voltam a retroceder pela intensificação das políticas de direita, crescem as razões para comemorar exigindo que Abril se cumpra. A precariedade dos direitos de quem trabalha, sob a capa de uma desumana flexisegurança, o controlo de algumas liberdades, a manipulação da comunicação social, os jogos de influência alheios aos interesses do país, o papel dominante e impositivos dos grandes interesses económicos, a destruição do tecido produtivo nacional e a subjugação aos interesses neoliberais nacionais e internacionais, o acentuar das desigualdades sociais com a proliferação da pobreza, a propaganda dos movimentos neonazis e de extrema direita são alguns dos traços que fazem recordar os aspectos mais repugnáveis da sociedade que pensávamos ter terminado em Abril de 1974.

Desta sinistra realidade também faz parte a destruição da administração pública que visa privar os cidadãos de bens e serviços essenciais, tornando-os fonte de chorudos lucros para os grupos económicos dominantes numa lógica neoliberal mercantilista. Se toda a população é fortemente penalizada por estas políticas, as regiões do interior, já com debilidades estruturais e demográficas marcantes, ainda mais são prejudicadas pelo encerramento dos serviços de saúde, educação, agricultura, correios e muitos outros, condenando as populações e revelando um grande desprezo pela gestão harmoniosa do território nacional.

É neste quadro de retrocesso que se impõe continuar a relembrar Abril e lutar pela concretização dos seus ideais.

A atitude da autarquia de Idanha-a-Nova, ao ignorar Abril, representa uma colaboração passiva com as políticas que querem destruir Abril e, pelas suas consequências, a conivência com a degradação das condições de vida dos portugueses e da população do nosso concelho.

Viva o 25 de Abril.

A Comissão Concelhia de Idanha-a-Nova

do Partido Comunista Português

 


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