Aprofunda-se a crise no País e no Distrito

caminhada 1Outra política é necessária

Porque outro caminho é possível o PCP está a desenvolver uma campanha sob o lema “Sim é possível, uma vida melhor”, uma acção dirigida aos trabalhadores e às populações do Distrito, com distribuições, visitas de deputados, iniciativas de discussão e que tem como objectivo combater o desânimo e a resignação e que reafirma com confiança que os trabalhadores e o Povo português não estão condenados a viver assim, que Portugal tem futuro, que, com uma ruptura com a política de direita, com a luta e o reforço do PCP, é, de facto possível uma vida melhor.

O PCP no Distrito, continuará a acompanhar, analisar e discutir outro caminho para o Distrito, assim como continuará a apresentar propostas e a intervir institucionalmente e politicamente para a resolução dos problemas. A DORCB do PCP convocou a VIII Assembleia da Organização Regional de Castelo Branco, a realizar no próximo mês de Abril na cidade do Fundão que contará com a participação do Secretário Geral do PCP, Jerónimo de Sousa.

O ano de 2009 trouxe o anúncio do agravamento dos problemas do país e do povo. Degradam-se as condições de vida e de trabalho, crescem as injustiças sociais e as dificuldades para os trabalhadores, para os micro, pequenos e médios empresários e agricultores, os jovens e os reformados. O desmantelamento do sector produtivo, com encerramento de empresas, o aumento de desemprego, o ataque a serviços públicos, a não valorização dos salários, pensões e reformas colocam milhões de portugueses em situação de extrema dificuldade.

Ao contrário do que o Governo PS procura fazer crer o País já tinha uma situação muito grave antes de ser visível a crise internacional. Por isso tenta escamotear o seu próprio papel da condução do país para grandes dificuldades. A crise é uma realidade mas, tem responsáveis e esses são todos aqueles que ao longo de anos desenvolvem políticas de direita ao serviço dos grandes grupos económicos, pedindo sacrifícios aos trabalhadores e ao povo em geral. Exemplo disso são as múltiplas situações de a pretexto da crise recorrerem a despedimentos, lay-off, bancos de horas, entre outros. A par destes sacrifícios aos  mesmos do costume, só durante os nove primeiros meses do ano de 2008, os lucros dos 9 principais grupos económicos foram superiores a 4000 milhões de euros.

É necessário e possível encontrar respostas para ultrapassar esta situação. Respostas reais que respondam aos verdadeiros problemas e às causas desta situação. Respostas que passem pela valorização dos salários e das pensões, pelo reforço do papel e intervenção do Estado em sectores e áreas estratégicas, pela defesa dos sectores produtivos e da produção nacional, por uma política de promoção do emprego com direitos, pelo desenvolvimento e promoção do mercado interno, pela adopção de uma nova política de crédito, pelo reforço das funções sociais do Estado, pelo fim dos off-shores, pela defesa dos interesses e da soberania nacional. 

O quadro actual que se sente no Distrito não difere das preocupações nacionais. O Distrito continua a perder população, passando de 204.481 em 2002 para 196.743 pessoas residentes em 2007.

As opções e os resultados de políticas seguidas têm ido no sentido errado de desenvolvimento regional, como são exemplo o Plano de Desenvolvimento Regional (PDR), os Programas Operacionais decorrentes dos vários Quadros Comunitários de Apoio e até dos primeiros resultados do Quadro de Referência Estratégica Nacional.

A realidade da pobreza no Distrito de Castelo Branco aumentou como revelam os números de beneficiados do RSI. Castelo Branco é o 4º distrito com os salários mais baixos do continente e o desemprego no final de Outubro registava números preocupantes (7881), um aumento de 1,7% em relação ao mês anterior. Se juntarmos os desempregados a participar em programas ocupacionais e muitos

outros que não estão registados temos cerca de 22% de trabalhadores em situação de desemprego.
No que respeita ao sector produtivo, as preocupações continuam a derivar das sucessivas políticas que destroem o sector, o não apoio às PME e à agricultura, com graves reflexos no distrito nos sectores têxtil, automóvel e de componentes; construção civil; comércio tradicional e serviços; indústrias eléctricas; metalurgia, restauração. Assiste-se ao aumento de situações como uma real quebra na carteira de encomendas que está a ter como consequência: a antecipação de férias; a redução de laboração nas empresas, o reaparecimento dos salários em atraso e o pagamento dos salários com atraso; o despedimento de trabalhadores por via da rescisão de contratos a termo nomeadamente.

Medidas deste Governo PS como as alterações gravosas ao código de trabalho levam ao agravar da situação e à retirada de direitos conquistados, o aumento do desemprego, a desregulação do horário laboral, o fim da contratação colectiva, aspectos que agravarão ainda mais a vida dos trabalhadores, como a  precariedade que prolifera no Distrito, como são exemplos:
- Na área da saúde cerca de 100 enfermeiros contratados.
- Centro Comercial Serra Shopping, na Covilhã – cerca de 76% dos trabalhadores têm contrato de trabalho precário
- O CALL Center de Castelo Branco tem cerca de 500 trabalhadores só cerca de 30 têm vinculo permanente.
- Na Delphi, dos 750 trabalhadores da empresa, 250 são temporários subcontratados.
- No Sector da Educação há cerca de 210 professores com vínculos precários.
- Nas Minas da Panasqueira cerca de 20% dos Trabalhadores têm Vinculos Precários.
O executivo da DORCB considera que existem respostas necessárias para combater a situação do distrito. Reafirma-se assim a necessidade da implementação de Plano de Emergência na Beira Interior que defenda e revitalize o aparelho produtivo e os postos de trabalho existentes, que promova a atracção de investimento público e privado para a diversificação das actividades económicas, que sirva para a implementação de um amplo plano de formação e qualificação profissional.

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