Apresentação dos candidatos à CM e AM da Covilhã

faelDia 19 foi feita a apresentação dos candidatos à CM e AM da Covilhã. Jorge Fael, 39 anos, Sociólogo, membro do PCP e Vitor Reis Silva, 51 anos, Professor, membro do PCP são os candidatos à CM e AM respectivamente. Os dois candidatos realçaram nas suas intervenções a importância do voto na CDU, em prol das populações e do desenvolvimento do concelho. Intervenção de Jorge FaelJorge Fael, Candidato CDU à Câmara Municipal da Covilhã  Caros Amigos e Camaradas, Quero em primeiro lugar agradecer a confiança em mim depositada para encabeçar a lista da CDU à Câmara Municipal da Covilhã. Em segundo lugar, agradecer a Vossa Presença que encaro como estímulo e testemunho de confiança. Ao iniciar esta breve intervenção permitam-me que vos fale de outros importantes desafios que temos pela frente. Como sabem, já em Junho vamos ser chamados às urnas para eleger os deputados ao Parlamento Europeu. A importância destas eleições não pode ser ignorada. Para grandes males grandes remédios. É preciso dar mais força à CDU.
Seguir-se-ão as Eleições Legislativas para as quais o nosso empenhamento activo será igualmente decisivo para o reforço do PCP e da CDU, única forma de garantir uma viragem política séria e a consequente aplicação duma política de esquerda voltada para a reorganização do aparelho produtivo, a defesa dos serviços públicos de qualidade e das funções sociais do Estado, a criação de emprego com direitos e a construção de uma sociedade mais justa e mais fraterna.

Em Outubro teremos as autárquicas.  Hoje damos um passo importante na preparação dessa batalha... Batalha que será dura e difícil e que daqui em diante exigirá mais esforço e empenhamento... mas que, por outro lado, enfrentaremos com a consciência tranquila de quem ao longo de todos estes anos tem honrado os compromissos e a palavra dada, de quem tem obra feita  e provas dadas como na Boidobra onde assumimos a responsabilidade de gestão, de quem nunca virou a cara à luta e sempre esteve ao lado e com as populações contra as medidas mais negativas, venham elas do Governo José Sócrates, ou da maioria PSD/Carlos Pinto, como aconteceu com a privatização da água.  Camaradas e Amigos Creio que é hoje mais claro para todos que, salvo algumas medidas positivas, a maioria PSD/Carlos Pinto tem visto mais facilmente a árvore do lucro, da especulação, da privatização de bens públicos do que o ataque sério e consequente aos problemas reais da cidade e dos Covilhanenses.E exemplos não faltam: É o caso da privatização da água. E a verdade é que sem ignorar a responsabilidade do poder central pela criação de taxas que vieram agravar o tarifário, como a taxa de controlo da qualidade da água, a taxa de recursos hídricos – sobre a qual o PCP já entregou um projecto de resolução na Assembleia da República exigindo a sua suspensão - ou da taxa de gestão dos resíduos sólidos urbanos, a realidade é que o aumento dos preços da água na Covilhã que penaliza gravemente as populações e em particular os pequenos e médios comerciantes e empresários é uma consequência directa da privatização. Como senão bastasse há utentes que estão a ser confrontados com duas facturas num mês, prática completamente inaceitável e que é preciso combater e denunciar. É o caso da privatização de grande parte do sector da recolha de resíduos e limpeza urbana, cujas consequências futuras serão o agravamento dos custos, a perda de qualidade dos serviços e a degradação dos direitos sociais e laborais dos trabalhadores.  É a trapalhada da concessão dos transportes públicos urbanos, num processo que resulta da flagrante incompetência da maioria PSD. De facto, fazer pior seria difícil: sobreposição de horários, confusão nas trocas de bilhetes, atrasos no serviço, uma frota velha, caduca e insegura que o concessionário, mesmo que provisoriamente, não hesitou em colocar na Covilhã, traduz uma transição desastrosa e um desrespeito pelas populações intolerável faltando ainda saber quanto custará ao erário público este contrato.  É um conjunto de obras sucessivamente inscritas nos Planos e Orçamentos da Câmara (criando expectativas nas pessoas), e que depois não se concretizam, ou apenas são concretizadas anos mais tarde do que aqueles em que estavam previstas, como é por exemplo o caso da ETAR da Grande Covilhã, prometida desde 2003, com inauguração prevista para Outubro do ano passado e agora prometida novamente para 4 de Julho.  É o fracasso da reabilitação urbana, patente na progressiva degradação dos centros históricos e no facto da SRU, Nova Covilhã, ter adjudicado em 2006, uma obra e em 2007, duas. É a política urbanística assente numa concepção e práticas mercantilista e negocista do território municipal que reduziu o ordenamento territorial a uma função essencialmente decorativa quando não de defesa exclusiva dos proprietários e promotores imobiliários. Basta ver o que estava previsto para a Quinta do Freixo, o que está acontecer com o eixo TCT e assim se percebe o porquê da revisão do PDM continuar em banho-maria. É uma política de obras de mais do que duvidosa, para não dizer nula utilidade quanto à relação custo benefício e sua função estratégica para o desenvolvimento do Concelho, de que é exemplo a Ponte Pedonal dos Penedos Altos.  É a espiral de endividamento irresponsável cujos encargos irão penalizar mais cedo que tarde os futuros executivos municipais e as futuras gerações. É a política social que apesar de algumas medidas positivas na minimização dos efeitos da crise, como o congelamento em 2009 das rendas sociais, não faz esquecer a venda das rendas sociais à banca…tal como o apoio municipal às refeições nos jardins de infância não faz esquecer os aumentos exorbitantes levados a cabo nos últimos anos, apoio que em nossa opinião não deve excluir as famílias com dívidas, pois além dos incumpridores militantes que os pode haver, não foram as dificuldades que levaram muitas famílias ao incumprimento…assim sendo, não seria mais correcto apoiar todos e cobrar as dívidas aos agregados que manifestamente podem pagar? E não será da mais elementar justiça criar as condições necessárias para que os idosos que não residem nem podem vir à cidade possam usufruir igualmente de refeições mais económicas? Ou será que o residente em S. Jorge da Beira ou em Verdelhos não necessita de qualquer apoio? As decisões do executivo municipal têm que ter um carácter geral e equitativo.   Camaradas e AmigosA acentuação dos traços mais negativos da maioria PSD/Carlos Pinto, a inércia e incapacidade do PS, tornam indispensável a construção de uma alternativa. A CDU representa essa alternativa credível e responsável para o concelho!Tal como temos dito, a Covilhã será aquilo que os seus homens e mulheres quiserem que seja. E a verdade é que a Covilhã pode e deve ser melhor. Para isso é preciso mais desenvolvimento do que espectáculo e propaganda; mais respeito e menos arrogância; mais transparência, participação e prestação de contas; defesa intransigente do interesse público, dos serviços públicos, do emprego e dos direitos de quem trabalha; salvaguarda do património natural, histórico e arquitectónico; forte compromisso com a reabilitação e requalificação urbanas; valorização do saber, da cultura, da inovação, da criatividade, do desporto como elementos chave de emancipação, progresso e desenvolvimento local.  É por tudo isso que aqui estamos e é por isso que contamos com todos vós! Vamos ao Trabalho! Obrigado! Covilhã, 18 Maio 2009 
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