A DORCB do PCP na reunião realizada a 23 de Janeiro, num quadro de agravamento do contexto social principalmente ao nível das condições de vida dos trabalhadores e das populações do Distrito, discutiu a planificação da campanha do PCP “Lutar contra as injustiças – Exigir uma vida melhor” que se irá prolongar durante o primeiro trimestre de 2010. No momento em que está prestes a ser conhecida a proposta de Orçamento do Estado, esta campanha será centrada nos temas do desemprego, da precariedade e dos salários, contando com uma forte presença na rua, nas empresas e locais de trabalho, numa acção de agitação e esclarecimento por todo o Distrito.
Serão realizadas acções específicas dirigidas aos desempregados junto dos centros de empregos, às camadas mais jovens de trabalhadores e às mulheres trabalhadoras (no ano em que se assinala o centenário das comemorações do Dia Internacional da Mulher) assim como um debate a ter lugar no mês de Março sobre o Aparelho Produtivo no Distrito.
É com muita preocupação que assistimos ao retomar do discurso da necessidade de intensificar sacrifícios para quem trabalha, mantendo intocáveis os privilégios dos grandes interesses.
Mantém-se por parte do Governo e do grande patronato a pressão e a chantagem sobre os trabalhadores e em muitas empresas no país e no Distrito abundam as ameaças de despedimento, de reduções de salários e remunerações, do aumento da precariedade, intensificam-se os ataques à contratação colectiva, sempre com o intuito de consolidar este caminho, de serem os trabalhadores a pagarem a crise, como situação inevitável.
A DORCB do PCP, com esta campanha pretende levar mais longe a proposta de ruptura com esta política de direita, denunciando a continuação das velhas soluções que levaram o país e o Distrito à situação de degradação com que estamos. O PCP, pretende animar a luta de todos quantos aspiram uma vida melhor e não se conformam com as injustiças, com o desemprego, com a pobreza e com a corrupção que aumenta no nosso país.
O PCP reafirma que o caminho é o aumento dos salários, da criação de emprego com direitos, do combate à precariedade, do reforço dos serviços públicos, da defesa da produção nacional, do controlo público dos sectores estratégicos da nossa economia, de uma outra política que sirva os interesses dos trabalhadores, do povo e do País onde a luta de massas emerge como a única resposta capaz de travar a ofensiva e impor novos direitos, como são exemplos o aumento do Salário Mínimo Nacional e o recente acordo entre o Governo e os Sindicatos dos Professores.
A DORCB do PCP apela à participação dos comunistas e outros democratas nas importantes jornadas de luta convocadas pela CGTP-IN, colocando o dia 27 de Fevereiro – acção distrital convocada pela USCB – na Covilhã como uma importante jornada de luta no combate a estas políticas e na exigência de uma ruptura com a política de direita.