Para o Governo PS/Sócrates a culpa morre solteira

1. O Inspector Geral da Administração Interna mandou arquivar o inquérito sobre a ida de dois agentes da PSP à sede do SPRC da Covilhã na véspera da visita do Primeiro Ministro a esta cidade, considerando tratar-se dum «procedimento habitual» que resulta de ordens da cadeia hierárquica, conforme indicação e responsabilidade do Governo. 2. No entender do PCP o que assim se comprova é que o governo utilizou as forças policiais, ilegitimamente, com o objectivo de intimidar os sindicatos e condicionar o exercício de elementares direitos democráticos dos trabalhadores e das populações. 3. Que outra razão poderia haver para os dois agentes da PSP se deslocarem a um sindicato que não era a entidade promotora do «Cordão Humano»? E sem qualquer contacto prévio oficial, nem qualquer assunto para tratar, excepto «obter informações» e dar conselhos sobre como deveriam proceder os manifestantes – excedendo de forma grave as competências legais das Forças de Segurança, mas em conformidade com uma deriva autoritária preconizada pelo Governo PS/Sócrates.  4. Este arquivamento está conforme com a encomenda do Primeiro Ministro ao seu Ministro da Administração Interna, mas é um acto sem qualquer credibilidade do ponto de vista democrático. O Governo faz de juiz em causa própria e declara «normal» o acto ilícito praticado sob sua responsabilidade directa. 5. O PCP entende que os factos devem ser apurados exaustivamente. É preciso esclarecer onde, como e porquê actos intimidatórios e de cariz autoritário, como estes, são «habituais» e apurar toda a responsabilidade política a este respeito. 6. O PCP considera que estes acontecimentos comprovam a necessidade e urgência de intervir e lutar contra o Governo PS/Sócrates e as suas políticas. É urgente uma ruptura democrática. Por uma política alternativa, de desenvolvimento e progresso social, ao serviço dos trabalhadores e das populações. Secretariado da DORCB do PCP
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