Massito recusa receber deputado do PCP no Parlamento Europeu

pcp-logotipoO PCP lamenta e protesta!

A administração da Massito recusa receber
deputado do PCP no Parlamento Europeu

O PCP visando informar-se sobre a execução do projecto de viabilização da Massito, enquanto empresa importante para a região e o país, e com a garantia de salário e emprego com direitos para os respectivos trabalhadores, decidiu, no quadro da visita ao Distrito do deputado do PCP no Parlamento Europeu Pedro Guerreiro, propor uma visita e reuniões com a administração e os trabalhadores da empresa. A administração da Massito recusou todo o programa.

A visita era importante e assumia-se como um contributo construtivo, após um período de grandes dificuldades, em que esteve colocada a possibilidade do encerramento da empresa. A recente viabilização da Massito carece de acompanhamento, designadamente na Assembleia da República e no Parlamento Europeu, com vista à garantia das medidas da sua viabilização, à salvaguarda da sua contribuição para a produção nacional e à defesa dos respectivos postos de trabalho.

Esta era a preocupação do PCP e da sua Direcção Regional de Castelo Branco quando propôs a visita. Aliás o PCP tem intervindo nesta matéria em todas as esferas da vida nacional numa perspectiva de defesa da indústria têxtil do país, profundamente prejudicada pelas políticas nacionais e comunitárias, da responsabilidade dos sucessivos governos do PS e PSD.

Referimos a este respeito a posição pública da DOR de Castelo Branco do PCP em Dezembro, de protesto contra o encerramento de empresas no sector e o despedimento de 200 trabalhadores no Distrito, só no segundo semestre de 2007, e exigindo do Governo medidas de apoio fiscal - redução do IVA e do preço da energia -, tecnológico e organizacional à actividade da indústria. E reivindicando para os trabalhadores salários dignos e trabalho com direitos.

E referimos a importante intervenção dos deputados do PCP no Parlamento Europeu, nomeadamente em defesa dum período mais prolongado de salvaguarda dos têxteis nacionais, face à concorrência dos países asiáticos, propondo medidas de penalização da deslocalização de empresas para outros países e de defesa do emprego e do desenvolvimento regional.

O Parlamento Europeu aprovou em Dezembro uma proposta dos deputados do PCP que criou um programa comunitário para o têxtil e vestuário, de apoio à investigação, formação e pequenas e médias empresas, à criação de marcas e promoção de produtos do sector. Foi também aprovada uma proposta do PCP para que o actual mecanismo de controlo às importações de têxteis asiáticos impeça qualquer crescimento exponencial, como o de 2005, e salientando a necessidade de novas medidas de salvaguarda, em categorias a indicar, para manter e promover o emprego no sector.
 
Neste quadro, a DOR de Castelo Branco do PCP manifesta o seu mais vivo protesto e repúdio pela decisão da administração da Massito, que aliás contrasta com a posição da empresa Teximax, da ANIL e do Sindicato Têxtil - que vão receber a delegação do PCP -, e que constitui um evidente prejuízo para os interesses da fileira Têxtil e da economia nacional, da empresa e dos seus trabalhadores, e marca uma atitude de claro desrespeito por normas elementares do Estado de direito democrático e do funcionamento institucional da União Europeia.

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